by Elaine Ribeiro, Psicóloga Clínica e Organizacional
Muitos de nós já nos pegamos fazendo algo por excesso: comer, beber, jogar, limpar, comprar, amar, depender afetivamente de alguém, mentir, ter ciúme… É um impulso quase incontrolável, no qual as pessoas se precipitam e, muitas vezes, têm dificuldade para planejar qualquer tipo de tarefa ou mesmo planejar a parada dessa compulsão.
Quantas vezes vemos pessoas, cujo “hábito” é comprar para ter cada vez mais, pois nunca se satisfazem com o que possuem? Tal “hábito” passa a movimentar nosso sentido de felicidade: tendo isso ou tendo aquilo, jogando determinado jogo, comendo isso ou aquilo, seremos mais felizes e preencheremos o “vazio” que há em nós.
As causas do comportamento compulsivo podem ser as mais variadas: predisposição, hábitos aprendidos, histórico familiar (que também é aprendido), razões biológicas. Ao percebermos que algo “é demais”, por passar dos limites do normal e saudável, deveremos decidir parar de fazê-lo. O ato de parar pode acontecer naturalmente para muitas pessoas, mas para outras isso não acontece. Ou seja, o comportamento, chamado de compulsivo ou aditivo, continua acontecendo paralelo à ansiedade que a pessoa vivencia.
Geralmente, são hábitos pouco saudáveis ou inadequados, repetidos muitas vezes, por isso levam às consequências negativas como o uso de álcool, de drogas em geral, ao hábito de comer exageradamente, gastar fora do controle, fugir do contato social, praticar esportes excessivamente, lavar as mãos de forma exagerada (até mesmo chegando a se ferir), participar de jogos de azar. Há também os que se viciam nas relações virtuais, no excesso do uso de remédios ou em idas a médicos em busca de uma doença. Tais atitudes são feitas quase que automaticamente, e quem as pratica não percebe nem nota prejuízos num primeiro momento.
O comportamento compulsivo surge como resposta inconsciente a determinados desejos, por diversas razões, como hábitos aprendidos e seguidos de alguma gratificação emocional, e como alívio da angústia e da ansiedade; ou seja, a pessoa que sofre desse distúrbio faz alguma coisa para receber outra em troca. Com os prejuízos que essa pessoa pode ter em seus relacionamentos, no trabalho, na saúde ou mesmo quando os demais indicam que ela tem esse distúrbio, ela passa a se observar mais detalhadamente. Aquilo que, num primeiro momento, era fonte de prazer e gratificação, posteriormente passa a dar uma sensação negativa, pois a pessoa cede em fazer aquilo.
Se por trás dessa compulsão existe um descompasso, um desequilíbrio, é importante canalizar essa energia, que antes ia para os excessos em outras atividades, e buscar “retirar” o foco do comportamento que acarreta prejuízo para a pessoa.
Vale lembrar que todos nós temos rotinas e hábitos, e isso é muito saudável; fica apenas a atenção para aquilo que é excessivo! Como dizem, de forma popular, “tudo o que é demais faz mal”. Então, se você identifica alguns excessos em sua vida, procure analisar os afetos que lhe faltam e como você tem canalizado suas forças, se tem buscado o ter ou o fazer em troca do ser.
* É uma boa reflexão, não acham???!!!
Posted by stacilys on 14 de abril de 2014 at 14:58
Nossa, é verdade. Eu já pensei sobre o assunto. De ir além. De ser extremista. Eu acho que é uma coisa muito humana. Eu acredito que nos, como seres humanos, são extremistas. É muito difícil ser equilibrado, mas necessário.
🙂
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Posted by Blog do Óbvio - Manoel on 14 de abril de 2014 at 20:39
Stacilys, que bom ver seu comentário aqui. Gostei muito da sua opinião. Com certeza é necessário ser equilibrado. 🙂
Um beijo
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Posted by Paula Oliveira on 13 de abril de 2014 at 20:50
Excelente texto, meu amigo. Tudo em demasia faz mal e nos tira o foco do que é eterno e verdadeiro, certo? Esse mundo está cheio de distrações.
Um beijo enorme e boa semana
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Posted by Blog do Óbvio - Manoel on 13 de abril de 2014 at 20:56
Paulinha, bem pensado. Tira o foco mesmo e só serve para uma distração muito superficial.
Um beijo maior que enorme para você,
Manô
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Posted by Bah on 13 de abril de 2014 at 19:22
Minha mãe sempre diz que tudo que é demais, estraga kkkk
Kisu!
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Posted by Blog do Óbvio - Manoel on 13 de abril de 2014 at 20:04
Bah, minha amiga querida! kkk! Sabe que sua mãe tem razão!?
Kisu no coração!
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Posted by Dulce Morais on 13 de abril de 2014 at 11:45
Manoel,
É uma reflexão que nos leva longe. Todos nós temos algum comportamento assim. Talvez não seja patológico, mas demostra que existe um vazio, algo a ser preenchido…
Admito, no meu caso, ter fases de leitura compulsiva. Aprendi com os anos que era um refúgio, uma forma de mergulhar num mundo imaginário construído por um autor. Sabendo isso, podemos tentar moderar-nos. Mas nem sempre é fácil.
Afinal, o segredo de tudo está no equilíbrio, na boa medida. Mas esses são variáveis. Cada ser humano tem os seus próprios. O difícil é encontrá-los…
Adorei este artigo!
Beijinhos!
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Posted by Blog do Óbvio - Manoel on 13 de abril de 2014 at 16:41
Dulce, que bom que você gostou. Também acho que o encontro do equilíbrio é difícil. Não somos tão perfeitos a ponto de sabermos nos equilibrar completamente e acho que até ficaríamos “chatos” se fizéssemos tudo certinho, kkk! Cada um tem o seu ponto de equilíbrio e o esforço em alcançá-lo já vem a ser uma grande vitória.
Adorei o seu comentário.
Beijinhos!
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Posted by marielfernandes on 12 de abril de 2014 at 19:18
Bom demais. E esse demais não é excesso.
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Posted by Blog do Óbvio - Manoel on 12 de abril de 2014 at 19:44
Mariel, meu amigo, isso é o que importa!
Um abraço
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Posted by Vanessa on 12 de abril de 2014 at 8:08
Eu concordo muito. Mas acho que quem tem um hábito ruim, no geral, nem percebe isso. Parece que quem está de fora vê mais. Por isso é sempre bom estar questionando a si mesmo e sua vida, e ter em mente que a gente sempre pode se tornar alguém melhor.
Beijos
P.S. estranho mas nao notei nenhum dos seus posts no meu leitor. Só hoje, revisando posts antigos, é que vi vários do seu blog. Parece que o leitor demora a atualizar alguns blogs para mim. O.o
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Posted by Blog do Óbvio - Manoel on 12 de abril de 2014 at 12:10
Vanessa, é verdade mesmo. Passa a ser uma espécie de exame de consciência, não é?
(Aqui comigo acontece as mesmas coisas. Tem blog que some do meu controle e depois vem com todos os posts, kkk!)
Um beijo
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Posted by Nana on 11 de abril de 2014 at 0:30
Moderação é a palavra da vez.
Bj e fk c Deus.
Nana
http://procurandoamigosvirtuais.blogspot.com.br/
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Posted by Blog do Óbvio - Manoel on 11 de abril de 2014 at 0:47
Nana, minha querida web-irmã. Saudades de você. Adorei o seu comentário.
Um beijo muito carinhoso para você e um abraço no garoto.
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Posted by Olivia Alves on 10 de abril de 2014 at 22:39
Concordo plenamente! Tudo em excesso faz mal… O equilíbrio deve ser sempre um norteador de nossas ações, por mais difícil que seja a tarefa!
Beijo Manoel!
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Posted by Blog do Óbvio - Manoel on 11 de abril de 2014 at 0:51
Olívia, amiga querida. Que bom ver você por aqui. Muito legal o seu comentário. Gosto do seu modo de pensar. Muito bom.
Um beijo
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Posted by Olivia Alves on 11 de abril de 2014 at 9:02
Estou voltando aos poucos, conforme vou organizando a vida real, consigo organizar a virtual também!
Beijo!
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Posted by Blog do Óbvio - Manoel on 11 de abril de 2014 at 12:14
Olívia, você é um amor! Devagar e sempre não é?
Um beijo
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Posted by Ana Paula on 10 de abril de 2014 at 15:34
E como é difícil de reconhecer e aceitar esses excessos em nós mesmos.
A boa e dura reflexão que o texto nos traz, serve para olharmos o nosso interior e olharmos o externo, quem está passando dos limites saudáveis, não com olhar crítico negativo, mas como uma forma de oferecer apoio, seja uma palavra, uma indicação profissional.
Beijo Manoel!
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Posted by Blog do Óbvio - Manoel on 10 de abril de 2014 at 18:27
Ana Paula, a gente tem que estar sempre atento para não ser convertido pela onda de excessos que de tanta propaganda passam a nos convencer que tudo é normal, Não é?
Beijo
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Posted by Clau Assi on 10 de abril de 2014 at 15:09
Esse é o segredo da vida feliz. Estar em equilíbrio. Manter o controle. Enfim, harmonizar-se. Luta diária! Exercício físico e emocional. Obrigada pelo texto reflexivo, Manoel.
Beijo ternurento
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Posted by Blog do Óbvio - Manoel on 10 de abril de 2014 at 18:28
Clau, gosto do seus comentários porque você tem a cabecinha boa. Sabe tirar proveito das reflexões.
Um beijo ternurento
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Posted by Mariana Gouveia on 10 de abril de 2014 at 10:37
Muito bom o texto. O equilíbrio é o caminho do meio.
Tão difícil de trilhar.
abraços
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Posted by Blog do Óbvio - Manoel on 10 de abril de 2014 at 10:59
Mariana, obrigado por ter gostado. O equilíbrio é o principal mesmo.
Um beijo
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Posted by Roseli Pedroso on 10 de abril de 2014 at 10:04
Excelente texto. Sem dúvida tudo em excesso em nossas vidas torna-se prejudicial. Devemos sempre estar atentos aos mínimos sinais. Valeu Manoel.
Bjs
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Posted by Blog do Óbvio - Manoel on 10 de abril de 2014 at 10:31
Roseli, sempre muito equilibrado o seu comentário. Valeu!
Um beijo
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Posted by Aline Amorim on 10 de abril de 2014 at 9:59
É uma boa reflexão mesmo.
Meu pai sempre diz que tudo em excesso é ruim!
Beijos
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Posted by Blog do Óbvio - Manoel on 10 de abril de 2014 at 10:02
Aline, que bom que você gostou. Seu pai sabe das coisas, kkk!
Um beijo
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Posted by miadosantos1 on 10 de abril de 2014 at 6:57
palavras sábias. encontrar o equilíbrio na nossa vida é um exercício constante. bom dia. 🙂
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Posted by Blog do Óbvio - Manoel on 10 de abril de 2014 at 9:50
Mia, verdade mesmo. É um exercício constante.
🙂
Um beijo
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